Os objetivos da aprendizagem vão muito além do ato de aprender. Aprendizagem é aquilo que modifica um comportamento por meio de treino, experiência e observação. E ela está diretamente ligada à inteligência emocional.
Existe uma relação simples nos processos de educação: o estudante “aprende mais” quando vê que aquilo que está sendo ensinado se relaciona diretamente com sua vida, sua comunidade e suas experiências. E isso acontece porque existem estímulos emocionais neste processo.
Uma pessoa motivada é mais produtiva, certo? Isso também acontece na aprendizagem, que precisa “usar” os desejos, necessidades, interesses e emoções do indivíduo para que ele realmente aprenda.
Por isso, por trás de cada pensamento e aprendizado, existe uma tendência baseada no afeto, no sentimento, na emoção.
Neste post, explicamos melhor sobre a inteligência emocional e sua relação direta no aprendizado, inclusive de inglês.
Acompanhe!
O que é inteligência emocional?
Inteligência emocional, no conceito do psicólogo americano Daniel Goleman, é a característica de um indivíduo capaz de identificar suas emoções com mais facilidade, canalizá-las para situações adequadas, controlar impulsos, motivar as pessoas e praticar a gratidão.
De maneira sucinta, é uma capacidade de identificar, analisar, controlar e expressar emoções. Quem possui inteligência emocional apresenta maior autoconsciência, motivação, empatia e compaixão pelos outros, além de uma maior habilidade de gerenciamento de estresse.
Componentes da inteligência emocional
Para Goleman, essa “capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos” pode ser dividida em 5 componentes.
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Consciência social: habilidade de reconhecer e compreender as emoções das outras pessoas dentro das situações sociais. Fundamental para desenvolver a empatia, que é a capacidade de considerar e ser sensível aos sentimentos de outras pessoas a partir da ótica delas.
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Automotivação: capacidade de canalizar a motivação e conduzi-la à um objetivo ou realização pessoal. É o que nos permite desenvolver zelo, entusiasmo e persistência, e aprender com os erros.
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Autoconsciência: é o autoconhecimento emocional ou a capacidade de reconhecer e entender as próprias emoções, inclusive impulsos, pontos fortes e fracos.
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Autorregulação: habilidade de lidar com os próprios sentimentos, sejam eles positivos ou negativos, adequando-os a cada situação.
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Relacionamentos interpessoais: capacidade de interação com outros indivíduos a partir de competências sociais.
Como desenvolver a inteligência emocional em crianças?
A inteligência emocional é algo que deve ser trabalhada desde quando nascemos. Tonia Casarin, consultora em educação e escritora do livro “Tenho Monstros na Barriga”, entende que o desenvolvimento dessas competências em crianças varia conforme a idade.
Crianças entre 0 e 6 anos estão na chamada “Janela de Oportunidade de Desenvolvimento”, já que as crianças fazem de 700 a 1000 conexões neurais por segundo. É o momento em que é possível estimular o reconhecimento das emoções de diversas maneiras, como uso de expressões faciais mais intensas ao mesmo tempo em que se fala.
Já para crianças a partir dos 7 anos, a comunicação é mais fluida. Trabalhar a inteligência emocional com elas pode ser feito de forma leve, como ajudá-las a nomearem suas próprias emoções.
No primeiro momento, é preciso acolher a emoção, aceitar o que ela sente e não reprimir nenhum tipo de sentimento ou emoção. Em seguida, é preciso conversar com a criança sobre o sentimento que ela experimenta e nomeá-lo. A nomeação é importante para tirar a intensidade da emoção e ajudar a criança a construir um vocabulário para se expressar melhor.
Existem outras formas interessantes para ajudar crianças a lidarem melhor com as emoções e a trabalharem a inteligência emocional, como:
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Estimular a reflexão da criança sobre os atos dela, o controle das emoções, a autoestima e a autoconfiança;
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Contar histórias e perguntar como elas se sentiriam se estivessem no lugar dos personagens;
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Brincar com o tom de voz e com as feições, pedindo que a criança identifique a emoção;
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Estar presente na vida delas para construir laços afetivos fortes;
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Elogiar as qualidades, antes mesmo de apontar os erros;
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Manter o diálogo sempre aberto na família;
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Ensinar a lidar com as frustrações;
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Incentivá-las a fazer perguntas.
Inteligência emocional em jovens e adultos
Desenvolver a inteligência emocional desde crianças pode facilitar bastante na juventude e na vida adulta. Afinal, saber lidar com as emoções nos traz equilíbrio. E nunca é tarde para buscar aprimoramento pessoal, algo tão importante nas relações do mercado de trabalho e nas relações sociais.
As formas para desenvolvê-la são inúmeras e abordam terapias holísticas, terapias convencionais (psicoterapia, análise etc.), meditação e muitas outras. A forma, em si, não importa muito, pois cada indivíduo pode se dar melhor com uma ou outra abordagem.
O importante é que, dentro da prática escolhida, o jovem ou adulto conseguirá:
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Incentivar a autoconfiança para que o indivíduo, sabendo o que deseja, conviva bem com seus pontos fracos e fortes, modificando-os ou aprimorando-os, mas sempre confiando em seu potencial e em seus habilidades;
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Estimular a expressão das ideias para manter o equilíbrio emocional, buscando sempre um espaço de diálogo e conversa sobre emoções e opiniões;
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Praticar a empatia para conseguir se colocar no lugar do outro e entender algumas atitudes, gerando mais tolerância e compreensão;
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Estimular a busca pelo autoconhecimento para entender o que se está sentindo e reconhecer suas capacidades e limites;
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Praticar a resiliência para ter mais capacidade de lidar com problemas e encarar dificuldades;
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Reagir aos sentimentos negativos, que são inevitáveis, mas são passíveis de convivência equilibrada;
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Aprender a lidar com as emoções para saber o que deve ser feito em cada situação.
Qual a relação entre inteligência emocional e educação socioemocional?
O ambiente escolar é um dos responsáveis pelo desenvolvimento cognitivo, intelectual, mental e social de crianças e jovens. Mas, certamente, isso não se dá somente com disciplinas tradicionais, como português e matemática. É preciso ir bem além.
As famílias e educadores vêm enfrentando desafios diante dos avanços tecnológicos, já que as crianças manifestam desinteresse pelo aprendizado dessas disciplinas. O contato com dispositivos tecnológicos, ao mesmo tempo. também limita as interações presenciais e o relacionamento com colegas, gerando um novo perfil comportamental.
Sem atividades em grupos e relacionamentos “reais”, os indivíduos começam a manifestar dificuldades emocionais. Na verdade, sintomas da falta de inteligência emocional. Falta de empatia, inabilidade para lidar com frustrações e egoísmo exagerado são só alguns deles.
Pessoas que possuem inteligência emocional são capazes de compreender melhor a si mesmos e aos outros, como pontuamos. Dentro do desenvolvimento dessa inteligência, o indivíduo passa por processos que demandam determinação, habilidades comunicativas e resiliência. Tudo isso contribui de maneira efetiva para um bom processo de aprendizagem.
E como isso é possível? Por meio da educação socioemocional.
Educação socioemocional no processo de aprendizagem
A educação socioemocional permite o desenvolvimento de habilidades que auxiliam as crianças a lidarem com situações de conflito em espaços propícios para a expressão de temores, anseios e frustrações. Ela é fundamental para reduzir a vulnerabilidade dos estudantes. Mas como ela faz isso?
Por meio de metodologias que estimulam o debate e a autorreflexão, como dinâmicas, meditações e atividades de discussão de temas relevantes, como preconceito, ansiedade e outros. Tudo isso pode ser adotado nas instituições de ensino.
Nessas situações, os estudantes colocam suas opiniões para debate e contrapõem diversos pontos de vista. Como resultado, fortalecem a necessidade de busca por argumentos e amplificam sua capacidade de interações.
É exatamente por causa da importância da educação socioemocional que as famílias devem ter muito critério na hora de escolher a escola de seus filhos, inclusive as escolas de inglês. Ainda que não possuam o tema na grade curricular, devem oferecer experiências de educação socioemocionais.
Afinal, os benefícios são diversos, como melhor experiência de aprendizagem, ambiente saudável para o desenvolvimento de crianças e jovens, julgamento e tomada de decisão, flexibilidade cognitiva e resolução de problemas complexos.
Ou seja, alunos fortes emocionalmente ficam mais seguros para aprender, lidar com o outro e enfrentar situações de vulnerabilidade, além de trabalharem melhor juntos e se comunicarem melhor.
Educação socioemocional no processo de aprendizagem
Diversos teóricos da Aprendizagem, como David Kolb, acreditam que o aprimoramento e a fixação do conhecimento se baseiam abordar aspectos emocionais de cada indivíduo naquilo que está sendo introduzido em sua linha de raciocínio.
Uma escola, portanto, não pode se limitar a oferecer disciplinas dogmáticas, de raciocínios verbais e lógicos. É preciso favorecer, sim, o conhecimento das disciplinas básicas, mas também encorajar os alunos a utilizarem tal conhecimento na resolução de problemas e na execução de tarefas relacionadas com a vida na comunidade a que pertencem.
Isso porque a “bagagem” que uma pessoa adquire ao passar por uma experiência concreta passa a integrar seus conhecimentos, valores ou crenças. Isso pode ser utilizado em outras situações, o que leva o indivíduo ao desenvolvimento.
Quando trazemos para o ambiente escolar, para que o aluno esteja mais disposto a aprender, o conteúdo deve estar próximo de sua realidade. Ele deve ser significativo para que haja assimilação.
Por este motivo, a educação socioemocional inserida nas instituições de ensino favorece amplamente a assimilação do conteúdo desejado.
Como trabalhar a inteligência emocional no contexto educacional?
No contexto educacional, professores e alunos trabalham a inteligência emocional a todo o momento. As instituições de ensino exercem um papel decisivo na formação de crianças e jovens, seja de forma direta ou indireta.
Algumas escolas e cursos extracurriculares investem em disciplinas voltadas especificamente para as emoções. São momentos em que os alunos são incentivados a contar suas experiências e sentimentos perante os outros. Busca por solução criativa de conflitos, programas de competência social e desenvolvimento são bons exemplos.
Há também formas de inserir a educação emocional em atividades de várias disciplinas. Nesta abordagem, os debates são menos artificiais, pois problematizam emoções e relações que surgem ao longo de um trabalho em grupo.
Com sensibilidade para abrir o debate e fomentar a expressão dos estudantes naquele espaço, o professor passa a ter função primordial no desenvolvimento da inteligência emocional. Afinal, é um importante “ator” na preparação de alunos conscientes e responsáveis em sua forma de pensar, sentir e agir.
Por isso, o corpo docente deve estar preparado para lidar com situações para desenvolver tais habilidades nos alunos. Inclusive, a tecnologia pode ser uma aliada para estimular o ensino de competências socioemocionais.
A inteligência emocional no aprendizado de inglês
Na hora de escolher uma escola de inglês, pais e alunos levam em consideração diversos pontos. Um deles é a metodologia adotada pela instituição. De fato, existem muitos métodos de ensino, e essa diversidade é inclusive um dos desafios dos professores enquanto mediadores do conhecimento.
Mas como isso se relaciona com a inteligência emocional? Em primeiro lugar, devemos considerar que cada indivíduo é único e possui seus próprios interesses. Considerando isso, é inadequado o professor utilizar somente um método de ensino para sua turma, composta por indivíduos que podem ser muito diferentes entre si.
No ambiente de aprendizagem, é preciso proporcionar aos alunos a assimilação daquilo que lhe é ensinado. Em outras palavras, o processo de aprendizagem deve ser organizado de forma mais objetiva para que seus envolvidos adquiram, de fato, o conhecimento.
Uma maneira eficiente para isso, que é adotada no Centro Britânico, é a personalização do ensino. À primeira vista, as experiências concretas vividas pelos alunos podem servir de base para o professor encontrar a melhor forma de mediar o conhecimento.
Com essa simples medida, o conhecimento passa a ser relevante para certa pessoa, porque é familiar, possui significado de acordo com seus interesses e suas vivências. Dessa forma, a assimilação do conteúdo é mais eficiente, como apontamos na educação socioemocional.
Aprofundando mais nessa linha do processo de aprendizagem personalizado, podemos dizer que a aproximação do conteúdo à realidade do aluno se comunica diretamente com seu processo emocional. Isso porque as emoções são um fator preponderante na descoberta da relação que ela tem com o mundo.
Em outras palavras, com o estudo aprofundado das emoções na aprendizagem é possível otimizar o processo educacional do indivíduo na escola de inglês, pois ele está cada vez mais próximo de suas necessidades básicas de vivência.
Ensinar inglês partindo da integração do aluno em seu contexto, é, portanto, muito mais efetivo, porque considera seus sentimentos no processo de aprendizagem.
O aprendizado é afetado pelas emoções. A aprendizagem é um processo muito emocional, guiado por diversos sentimentos, como medo, curiosidade, ansiedade, esperança e muitos outros. Por isso, existe uma relação direta entre inteligência emocional e aprendizagem. Na prática, quanto maior a inteligência emocional, maior a facilidade do indivíduo em aprender.
Diante disso, é de fundamental importância escolher corretamente as instituições de ensino para os filhos, inclusive as escolas de inglês. Instituições que trabalham com um método personalizado e que considera os interesses do aluno, como é o caso do Centro Britânico, certamente terão mais êxito nesse processo.
Com isso, é mais provável que seu curso de inglês te leve aonde você quer chegar!